segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Braços e pernas.

Tem mulheres que no olhar
Nos levam ao orgasmo da idéia.
Os movimentos lascivos
Induzem ao sexo.
A carne é mais fraca que o pecado
O desejo é mais forte que o não.
Ahhh, se entregar fosse poder ter:
[Braços e pernas se juntariam],
E os movimentos repetitivos
Aumentariam num gozo de vontades
Matando a sede com pouca água
E muito calor.

sábado, 17 de outubro de 2009

Tem dias...

Tem dias pretos
Que tudo é rock roll.
Tem dias leves
Que tudo é Bossa.
Tem dias de molejo
Que tudo é samba.
Tem dias dedos
Que tudo é violão.
Tem dias lembrança
Que tudo é saudade.
Tem dias quentes
Que tudo é sexo.
Tem dias frios
Que tudo é café com leite.
Tem dias de amigos
Que tudo é futebol.
Tem dias girando
Que tudo é álcool.
Tem dias de curvas
Que tudo é mulher.
Tem dias que todo dia
Só poesia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Uma jovem longa vida.

O álcool me tornou a alma
O sorriso me tornou poeta.

Nunca fui michê
Nem garoto de programa.

Ao contrário do Zé,
Pelo chão de giz nunca passei.

Nunca fui ator, mas sempre interpretei.
Já sonhei em ser jogador de futebol.

Mas não tive a oportunidade
De ganhar milhões.

Continuei a estudar –
Hoje dizem que conto histórias.

O capitalismo alicia:

Marxismo ou Culturalismo?
Dis (Puta) zinha acadêmica !

Meu alicerce acabou virando verso
Meu futuro já é incerto.

O céu se tornou o limite
A poesia a realidade

Cada dia é um poema
Cada poema uma vida

Cada vida
É o que basta...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independência ou Morte?

Construindo datas festivas
Quem comanda a História
Não quer saber de revolução.

Criam símbolos
Elaboram promessas
Pra continuar a corrupção.

Quem nos descobriu -
Não foi com boa intenção
Quem nos libertou só continuação:
Fome, miséria e exploração.

Vamos procurar realmente
Nossa Libertação:
Que não seja 7 de setembro
Nosso refrão.

Vamos escrever nosso Brasil
Mudando a cada dia essa realidade
De tempos em vão...
Menos política, mais liberdade
Mais comida, menos infelicidade.

E que basta o sofrimento
Nossa luta deve ser maior
Pois um filho seu não foges a luta
E em teu seio ó mãe gentil
Salvemos nosso Brasil.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pra quê?

Pra quê tanta coisa, se agente não quer fazer nem a metade?

sábado, 15 de agosto de 2009

Ordem e Progresso.

Tudo certo é só seguir na ordem:
O estado detém o monopólio da violência e da corrupção.
As armas são legais, que tiram vidas.
A televisão não passa informação, existe fabricação.
O concreto absorve o abstrato, os muros separam as classes.
O perigo mora ao lado, cuidado com a bala perdida.
O povo anda a solta, fazemos os condomínios.
Não nos misturamos, a prole é perigosa.
Vamos colocar mais ônibus em circulação, menos cadeiras mais super lotação.
Blindagem de carros, é melhor que revolução.
Vamos continuar roubando, e o povo continuar morrendo.
Vamos seguir em frente...
Tá tudo certo é só seguir na ordem, o progresso deixa pra depois.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sonhando.

Escrevemos acordados, sonhos que vivemos sonhando em viver.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dicotomia humana.

Ciência ou religião?(...) Melhor viver a vida.

Vida.

Os religiosos fervorosos têm uma vida longa, porém, vivem menos.

Frases.

Se o mundo é um moinho,
A poesia é meu ninho.


O poeta vai e vem,
A poesia fica.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nostalgia.


A vida é meio engraçada, agente vai vivendo, se propagando e perdendo o contato com nossas raízes, mudando, adquirindo primazias, os gostos musicais vão se aprimorando ou desaprimorando, sei lá... Depende do ponto de vista de cada um. Sei que a vida é assim, o tempo vai riscando nossa face, e nos modificando conforme nossas experiências, uns vão para um lado, outros, outro lado e caminhadas depois de caminhadas, vem amigos, vão amigos, o passado e presente se misturam, ofuscando e lembrando alguns momentos importantes, ou simples detalhes que num laivo de pensamento vem à tona e nos trazem lembranças de tempos já vividos, mas, que nunca serão esquecidos. Hoje, foi um dia desses, em que o cheiro da infância, da terra molhada do quintal e o balanço das árvores vieram até mim após ver algumas fotos da cidade em que morei por algum tempo, e que tenho uma eterna admiração e paixão pela sua história. Uma terrinha chamada Natividade, no interior do Tocantins, e que teve e tem grande importância cultural para a história de nosso país. Pois então, vendo essas fotos, me veio versos curtos na cabeça, e bem simples, só para desenhar no papel e amenizar o sentimento de saudade de tempos que não voltarão.

Tem dias,
Que são vestidos de nostalgia
Da cabeça aos pés.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Sempre.

Até quando.
Até sempre.
O importante é ter
Uma próxima vez!

domingo, 24 de maio de 2009

Ponto final.

.
Ponto final,
É um ponto final.
Não quer dizer
O fim do poema,
Só que é um ponto final (ponto)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Beijo.

Boca com boca
o estalo no ar.
Os olhos se fecham,
e no segundo do beijo
sempre existe um desejo.

Teamo.

Meama
Mechama
Techamo
Teamo
chamafogo
Queimaamor.

Rotina do Mundo.

A madrugada paira sobre nossos desejos
A luz da lua, chama a luz do sol
E em um olhar os dois se cruzam
Na rotina do mundo,
De todo dia ser um dia...

Poético.

Às vezes penso
outras nem penso

Às vezes calo
outras grito

Às vezes escrevo
Às vezes escravo...Poesia!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pedreiro.

O pedreiro,
De tanta pedreira
Suporta peso
E cansaço.
O pedreiro,
Com sua peneira,
Não tampa o sol
Nem o mormaço.

Escrever.


A bebida me inspira a escrever...
Pode até sair versos meio tontos
Formando um poesia tortuosa
Onde acontece um mistura de loucura
Com insensatez, mas da poesia e da bebida
Tiro palavras embriagadas de puro amor e lucidez.

sábado, 4 de abril de 2009

Brasileiro.

Sou Latino Americano
Brasileiro por convicção
Carrego no peito
A saga de uma nação

Sou branco, sou negro
Mulato ou pardo
João e Francisco
Maria e Antonia

Sou pedreiro
Sou amante
Sou louco
E distante

Sou estudante
Sou proletário
Militante
Apaixonado

Desse jeito vou seguindo minha vida
Escrevendo o mundo
Procurando alegria
Retratando a realidade
Desenhando a imaginação

Construindo versos
Fabricando emoção!

Viver.

Meu tempo é quando... Quando sempre existir amor na face da ternura, enquanto houver, ou haver mulher em volta, poesia no ar. Pois, a vida é longa e monótona para quem não ama, é rápida, porém, eterna para quem sente amor, quem pratica amor. Uma mulher sempre a amar, isso o homem não pode deixar de ter, essa procura muita vez é o combustível dos versos do poeta, pois poeta, é como se fosse um cartunista, desenha nas folhas em forma de poema, o rosto da mulher amada, torneando bem seus traços, seus gestos, seus desejos, seu perfume. Posto que a busca sempre tenha uma descoberta, e essa é a esperança e a alegria de continuar vivendo, sempre a vontade louca e otimista de amar e ser amado, de querer e poder ter, de matar a fome, com o alimento chamado mulher (amor).
Por isso busque, lute, conquiste, reconheça a importância de amar, olhar, beijar... Mulher! Sendo que o homem tem que estar não só com a presença da mulher amada, mas, cercado também de amigos, pois sozinho, corre o risco da solidão bater em sua porta, e isso é improdutivo, perigoso, solitário, melancólico, o choro pode vir, a tristeza se aproximar, não que o choro, seja sempre ruim, pois chorar é expelir a emoção para fora da alma, e algumas emoções tem que saírem, não pode ficar vagando muito tempo por dentro... Não à melhor negócio também, do que conversar em uma mesa de bar, cercado de idéias, bebidas, alegrias, conversas paralelas... inspiração! Todo mundo no mesmo clima, isso sim, tende a ser produtivo, tende a nascerem novas teorias, sejam alcoólicas, sejam certas, sejam tortas, o importante é o momento, a hora certa de falar, ou de criar, sendo que se passar, pode não voltar. O instante, apesar de pequeno, é muito além do que pensamos, mas, ele é o suficiente para se tornar eterno!
Se, é vida, sendo que é feita, a construa da melhor maneira, posto que o alicerce seja bem feito, mas, sem muito pensar, ou sem muito tornear, sendo que a espontaneidade é importante nessa construção, e ela não é muito bem elaborada, pensada, teorizada... Um brinde a vida minha gente!

Bolha.

Fazemos parte da mesma bolha, uma enorme bolha, regida por uma classe dominante detentora do saber e do poder. Todos os sentidos, todos os conceitos, são todos pensados, sistematizados e aplicados à sociedade.
Um simples ato de andar na calçada virou uma forma de controle, somos vigiados por nossos medos e pelas câmeras de segurança, o Estado faz a novela, mas não prende os vilões, e o ar está cada vez mais abafado e vigiado. Nos shoppings, eles nos dão a sensação de segurança, luzes por todos os lados, e as pessoas se sentem livres sendo que estão presas, e nessa ilusão vão gastar e consumir, na jogada de mestre da publicidade que, segurança é poder comprar.
A televisão mostra violência, uma forma de nos mantermos em casa, refugiados do convívio social e atolados na insegurança total, mas a publicidade continua predominando, propagandas de vendas de equipamentos de segurança, casas em condomínios, madames das novelas, coca-cola, pornografia... Sem falar que a violência virou audiência, assistimos mais um assassinato ou um seqüestro como se fosse mais um capítulo de minissérie, e o estado finge punir, prende um dia e solta no outro. Será a violência necessária, para justificar a existência e o poder do estado? O saber e o poder são formas de controles, e quem os tem, regem as leis.