sábado, 4 de abril de 2009

Brasileiro.

Sou Latino Americano
Brasileiro por convicção
Carrego no peito
A saga de uma nação

Sou branco, sou negro
Mulato ou pardo
João e Francisco
Maria e Antonia

Sou pedreiro
Sou amante
Sou louco
E distante

Sou estudante
Sou proletário
Militante
Apaixonado

Desse jeito vou seguindo minha vida
Escrevendo o mundo
Procurando alegria
Retratando a realidade
Desenhando a imaginação

Construindo versos
Fabricando emoção!

Viver.

Meu tempo é quando... Quando sempre existir amor na face da ternura, enquanto houver, ou haver mulher em volta, poesia no ar. Pois, a vida é longa e monótona para quem não ama, é rápida, porém, eterna para quem sente amor, quem pratica amor. Uma mulher sempre a amar, isso o homem não pode deixar de ter, essa procura muita vez é o combustível dos versos do poeta, pois poeta, é como se fosse um cartunista, desenha nas folhas em forma de poema, o rosto da mulher amada, torneando bem seus traços, seus gestos, seus desejos, seu perfume. Posto que a busca sempre tenha uma descoberta, e essa é a esperança e a alegria de continuar vivendo, sempre a vontade louca e otimista de amar e ser amado, de querer e poder ter, de matar a fome, com o alimento chamado mulher (amor).
Por isso busque, lute, conquiste, reconheça a importância de amar, olhar, beijar... Mulher! Sendo que o homem tem que estar não só com a presença da mulher amada, mas, cercado também de amigos, pois sozinho, corre o risco da solidão bater em sua porta, e isso é improdutivo, perigoso, solitário, melancólico, o choro pode vir, a tristeza se aproximar, não que o choro, seja sempre ruim, pois chorar é expelir a emoção para fora da alma, e algumas emoções tem que saírem, não pode ficar vagando muito tempo por dentro... Não à melhor negócio também, do que conversar em uma mesa de bar, cercado de idéias, bebidas, alegrias, conversas paralelas... inspiração! Todo mundo no mesmo clima, isso sim, tende a ser produtivo, tende a nascerem novas teorias, sejam alcoólicas, sejam certas, sejam tortas, o importante é o momento, a hora certa de falar, ou de criar, sendo que se passar, pode não voltar. O instante, apesar de pequeno, é muito além do que pensamos, mas, ele é o suficiente para se tornar eterno!
Se, é vida, sendo que é feita, a construa da melhor maneira, posto que o alicerce seja bem feito, mas, sem muito pensar, ou sem muito tornear, sendo que a espontaneidade é importante nessa construção, e ela não é muito bem elaborada, pensada, teorizada... Um brinde a vida minha gente!

Bolha.

Fazemos parte da mesma bolha, uma enorme bolha, regida por uma classe dominante detentora do saber e do poder. Todos os sentidos, todos os conceitos, são todos pensados, sistematizados e aplicados à sociedade.
Um simples ato de andar na calçada virou uma forma de controle, somos vigiados por nossos medos e pelas câmeras de segurança, o Estado faz a novela, mas não prende os vilões, e o ar está cada vez mais abafado e vigiado. Nos shoppings, eles nos dão a sensação de segurança, luzes por todos os lados, e as pessoas se sentem livres sendo que estão presas, e nessa ilusão vão gastar e consumir, na jogada de mestre da publicidade que, segurança é poder comprar.
A televisão mostra violência, uma forma de nos mantermos em casa, refugiados do convívio social e atolados na insegurança total, mas a publicidade continua predominando, propagandas de vendas de equipamentos de segurança, casas em condomínios, madames das novelas, coca-cola, pornografia... Sem falar que a violência virou audiência, assistimos mais um assassinato ou um seqüestro como se fosse mais um capítulo de minissérie, e o estado finge punir, prende um dia e solta no outro. Será a violência necessária, para justificar a existência e o poder do estado? O saber e o poder são formas de controles, e quem os tem, regem as leis.