sábado, 4 de abril de 2009

Bolha.

Fazemos parte da mesma bolha, uma enorme bolha, regida por uma classe dominante detentora do saber e do poder. Todos os sentidos, todos os conceitos, são todos pensados, sistematizados e aplicados à sociedade.
Um simples ato de andar na calçada virou uma forma de controle, somos vigiados por nossos medos e pelas câmeras de segurança, o Estado faz a novela, mas não prende os vilões, e o ar está cada vez mais abafado e vigiado. Nos shoppings, eles nos dão a sensação de segurança, luzes por todos os lados, e as pessoas se sentem livres sendo que estão presas, e nessa ilusão vão gastar e consumir, na jogada de mestre da publicidade que, segurança é poder comprar.
A televisão mostra violência, uma forma de nos mantermos em casa, refugiados do convívio social e atolados na insegurança total, mas a publicidade continua predominando, propagandas de vendas de equipamentos de segurança, casas em condomínios, madames das novelas, coca-cola, pornografia... Sem falar que a violência virou audiência, assistimos mais um assassinato ou um seqüestro como se fosse mais um capítulo de minissérie, e o estado finge punir, prende um dia e solta no outro. Será a violência necessária, para justificar a existência e o poder do estado? O saber e o poder são formas de controles, e quem os tem, regem as leis.

3 comentários:

  1. Parabéns adorei muito as poesias,retratam amor,paixão ideologias, Fabrício vc é um grande poeta.
    Que essa luz continue erradiando versos e cativando as pessosa.
    Bjim!

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  2. "Segurança é poder comprar"! Numa sociedade onde você tem o direito de poder escolher entre a marca A e a marca B, pode-se dizer que os cidadãos gozam de liberdade. Essa é a lei. E é isso que devemos lutar para ser preservado. A democracia representativa (em que não somos representados) e a liberdade para consumir grandes marcas.
    kkkkkkkk
    Que piada! Somos fantoches.

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  3. Concordo com o que o Vinicius disse, tem segurança aqueles que podem comprá-la. As pessoas estão presas no shopping; dentro de suas próprias casas, nos seus condomínios de luxo que oferecem vários serviços para que se saia dele o mínimo possível; dentro de seus carros blindados com os vidros fechados.

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