domingo, 5 de setembro de 2010

Ilhas Negras.

As duas ilhas negras
Suspensas acima do perdão
E do pecado, entre chuva e sol,
Dia e noite, que as horas
Passavam comumente
Ao voar dos pássaros.

A areia longínqua
Era o retrato ciliar da pele morena
Que ofuscara a paisagem hermenêutica
Dos deuses em fúria.


O céu invejado daquela calmaria
Que se desenhava sobre a terra
Ameaçava lançar raios e cometas
Se as ilhas negras não cessassem
Aquele campo austero de sonho e realidade.


Naquela paisagem bucólica fiquei parado:
Rendido pela negritude
Dos jardins suspensos
E do seu charme que até os vulcões
Das montanhas ao lado se apaixonaram.

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